O que aprendi e nunca mais esquecerei

"Todas as cartas de amor são ridículas.
não seriam cartas de amor se não fossem ridículas"

Álvaro de Campos

Em 2005 era estudante em Madrid e viajei a São Paulo pra continuar os estudos durante meio ano. Fui lá sem saber nem falar “hola”, mais ao pouco tempo aprendi a dizer “oi, ta indo?” ou “e aí, todo bem?”. Os brasileiros/ as brasileiras têm umas expressões mais bonitas do que as nossas, mais íntimas. E eles também são mais íntimos do que nos. Quando eles se saúdam, dão um beijo e um abraço, pode ser mais explícito? O sul, precisa do contato com a gente, o norte também, mais o ritmo urbano obriga a esquecer (olvidar) isso.

“A gente” é uma expressão que sé usa pra falar de um grupo de pessoas onde o que fala se introduz (como o poeta português, Fernando Pessoa). Quando na Espanha dizemos “la gente” esquecemos alguém importante na conversa, o que fala. É um jeito (manera) de fazer grupo, e Brasil inteiro disso sabe muito porque um país com dois milhões duzentos oitenta i dois mil quarenta e nove habitantes vive e sente com duas cores (o corações) o verde e o amarelo. Sem esquecer (de novo) todos os matizes que existem naquele maravilhoso país.

Lá chorei pelas pessoas de cá, pela pouca comunicação, pela distancia e pelo tempo sem beijos de amor; cá sorrio pelas pessoas de lá que ainda hoje lembro com amor. Foi bonito, nunca melhor dito, vivido. Aqueles dias na USP, aqueles concertos com amigos, aqueles jantares de japonês, aquelas festa na terça frango, os pasteis da rua, os meninos sorrindo, os cinemas da Augusta, as exposições no MASPI, as viagens pelos bairros de São Paulo, o prédio mais alto da cidade, as coixinhas, o frango catupiri, o o’, as sambas. E aquela viagem a Ilha Grande contigo, onde a parelha ressurgiu de novo.

Todo foi linda graças ao Erik, o Simon, as meninas da Republica da Toalha e os meninos, a Paulinha, ao Rogério, ao Bigode, a Paula, a Cris, ao Gui, ao Maurizio, a Dani, ao Tristão e a todos aqueles que conseguiram faze-me uma pessoa feliz lá. OBRIGADA (Agradecida)

Comentarios

Bigode ha dicho que…
Muito lindo o texto, Joana.
Tambem tenho saudades daquele tempo, sentados em frente a uma padaria para tomar o cafe da manha.
Beijos!
Anónimo ha dicho que…
Cuando puedas, lo puedes reproducir en castellano, o catalán, en ruso o Ingles,¡no! que al final, tendre que estudiar a mis años.

un besazo... llamj

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